Sousa, Euzébio Jorge Silveira dePochmann, MárcioBonone, Luana Meneguelli2023-09-262023-09-262021-10https://repositorio.fespsp.org.br/handle/123456789/156A expansão da economia de plataforma tem produzido transformações no mercado de trabalho em todo o mundo, desregulamentando mercados, flexibilizando relações trabalhistas, remunerando sob demanda e impondo uma lógica de produção just-in-time. Fruto do fim do contrato social do pós-guerra, da desregulamentação financeira e da imersão de um paradigma tecnológico mais flexível, a nova economia se utilizou das plataformas para transformar a geração de valor a partir da redução do tempo de rotação do capital e geração e processamento de grande massa de dados sobre padrões de consumo e gestão da produção, sobretudo do trabalho. O mercado de trabalho no Brasil nunca superou o excedente estrutural de força de trabalho e a profunda heterogeneidade, marcado por elevado desemprego, baixos salários, alta rotatividade e grande incidência de subempregos. As particularidades da inserção laboral de jovens é um indicador de mudanças de ciclos econômicos e transformações no mundo do trabalho. O presente artigo aponta que a juventude está mais exposta às precárias ocupações plataformizadas por possuir elevada taxa de participação, estar mais exposta ao desemprego, ter maior disposição física para o trabalho extenuante, ser obrigada a conciliar trabalho e estudo e ter maior familiaridade com novas tecnologias. No entanto, ponderamos que este grupo etário tende a ter papel relevante na organização dos trabalhadores de plataforma.Economia de plataformaJuventudetrabalhoGig EconomyCrowdworkersJuventude e trabalho plataformizado no Brasil: juventude indicando tendênciasArtigo de Periódico