Freitas, Caroline Cotta de MelloSilva, Lívia Giuliane da2023-06-012023-06-012021https://repositorio.fespsp.org.br/handle/123456789/121Este artigo trata sobre a impossibilidade de executar os ritos funerários em sua totalidade e chorar os mortos num cenário pandêmico de alto contágio, principalmente entre os Yanomami. Veremos as diferenças particulares no modo yanomami de ver a morte, em divergência à escatologia ocidental. Para isso, tomaremos como ponto de partida a notícia, que ganhou a mídia, sobre as mães Sanöma (etnia Yanomami) que pediam pelos corpos de seus bebês, vítimas da pandemia do novo coronavírus. O povo Yanomami, assim como outros povos indígenas, tem sido diretamente afetado desde a primeira aproximação dos brancos, o que faz da morte uma presença muito mais constante e descontrolada que a experimentada pelos seus ancestrais. Com base nos diálogos produzidos por Davi Kopenawa e Bruce Albert, e também da reflexão de antropólogos como Eduardo Viveiros de Castro, Silvia Pellegrino e Moisés Ramalho, descreveremos a morte para os Yanomami e os rituais deste povo, passando por questões fundamentais como a obliteração dos traços do morto, o lamento, a vingança e o reahu.Yanomamiritos funeráriosmortexawaracorporalidadeCada rastro de seu toque: a morte para os YanomamiTrabalho de Conclusão de Curso