Autogestão na extensão popular: experiências do Coletivo Caetés em territórios de luta por moradia

Resumo

A extensão popular é, para além de um dos pilares que compõem a universidade, um processo de atuação em territórios de vulnerabilidade social desenvolvido por agentes que se colocam criticamente frente a essa realidade vislumbrando possibilidades de superá-la. Um dos pontos fundamentais dessa atuação é o fortalecimento e construção de formas de autogestão da população, objetivando a construção de um poder popular e o fortalecimento das lutas sociais. O Coletivo Caetés, grupo de estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, insere-se em territórios de luta por moradia com essa perspectiva, alinhado a movimentos sociais e buscando, por meio de seu métier, engendrar experiências baseadas nos princípios da autogestão, não-alienação e emancipação. Tal objetivo, que tem como fundamento histórico as diversas experiências de autogestão ocorridas no Brasil desde os alunos 1970, em especial no período de redemocratização e nas chamadas prefeituras democrático-populares, encontra diversos desafios frente ao momento de crise democrática e intensificação do neoliberalismo e da contradição capital/trabalho, que além de aguçar a pauperização da população mais pobre - sobretudo no atual contexto pandêmico -, também aumenta a fragmentação do ser social e dificulta a constituição de sujeitos políticos. Tais contradições são exploradas neste artigo à luz de duas experiências enfrentadas pelo Caetés em distintas ocupações, nos municípios de Cajamar e São Paulo, durante o ano de 2021.


Descrição

Citação

Jacon, Luís Gendler; Martins, Matheus Henrique. Autogestão na extensão popular: experiências do Coletivo Caetés em territórios de luta por moradia. 2021. 32 p. Artigo científico (Anais Seminários FESPSP) – Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo.

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