Entre a homogeneização e a valoração da diversidade: a complexidade das práticas culturais gestadas por Mário de Andrade

O trabalho busca compreender a ambivalência e complexidade das ações gestadas por Mário de Andrade durante a chefia do Departamento de Cultura de São Paulo e suas repercussões no imaginário nacional. Para tanto, utilizou-se de fontes bibliográficas e documentais, com ênfase nos Anais do Congresso da Língua Nacional Cantada, que buscava a padronização da pronúncia nas artes do palco, instituindo o sotaque carioca como o padrão a ser difundido e adotado. Conclui-se que algumas práticas do Departamento foram responsáveis pela produção de desigualdades ao normalizar, por exemplo, a busca pela padronização do sotaque e promover uma identidade nacional a partir da assim considerada neutralidade do eixo Rio-São Paulo.