Que professor formar para uma nova geografia escolar?

Resumo

As licenciaturas têm convivido com cenários complexos para o desenvolvimento de seu trabalho que podem variar de desvalorização do ensino, infraestrutura precária, desinteresse pelas disciplinas, violência escolar, entre outros problemas. Investigar o espaço escolar e, sobretudo a formação de professores torna-se um excelente meio de compreender e de refletir sobre a prática docente. Contudo, o processo de ensino é visto como um passo linear e justaposto da teoria à prática. Considerando esse contexto, a problemática desta pesquisa pode ser redigida da seguinte maneira: Qual formação de professores é importante para o professor ativo na geografia escolar? Complementarmente e considerando as intencionalidades e os objetivos da Geografia escolar: Que professor preciso formar para que ele participe do contexto da escola? Diante disso, essa análise não poderia ser basicamente empírica (baseada em observações e sensações), essa deve ser pensada em um diálogo à luz de teorias que embasem nossos pensamentos, afim de que, sejam ressignificados, possibilitando possíveis transformações na atual realidade. Essas teorias que fortalecem esse texto são as aprendidas em sala de aula no curso de Geografia da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, e principalmente nos componentes curriculares de Estágio Supervisionado em Geografia I, II, III e IV sobre: ensino e aprendizagem, metodologia do ensino, didática, cultura, formação de professores, entre outros. Sendo assim, o trabalho realizado em determinada escola foi muito prazeroso e enriquecedor, pelo fato de conhecer a realidade escolar e uma parte da rotina dos professores. Contudo, participar da rotina deste último foi fundamental para a desconstrução de vários mitos construídos e que alimentamos durante a passagem pela Universidade. Assim, durante o processo de regência e observações das aulas possibilita visualizar, conhecer, e vivenciar as práticas pedagógicas, conteúdo, a realidade do professor e aluno e quais meios o docente lança mão para alcançar seus objetivos. Cabe salientar também que foi realizada uma análise da ementa do currículo do curso de Geografia da UEFS a fim buscar-se refletir no que consistir ser professor e qual a finalidade da formação docente para atuar na escola básica e da geografia escolar. No curso de Geografia da UEFS um dos pontos que buscam uma articulação entre a universidade são os estágios que propõem que os estudantes vivenciem a escola como lugar central para pensar os currículos escolares, tentando minimizar a distância e a dicotomia entre teoria e prática. A educação não está centrada no professor ou no aluno, ela está voltada para o ser humano e sua realização na sociedade. A escola se organiza no espaço não é para reproduzir a estrutura social vigente, mas para contribuir para transformar a própria sociedade. Pensar a formação de professores e sua articulação com a escola básica é uma tarefa árdua, porém deixa-se claro que um bom professor se faz com teorias, práticas e, sobretudo, pela ação reflexão, diálogo e intervenção, em busca constante de um saber teórico e prático. Paralelamente, a formação do professor depende das escolhas teóricas, filosóficas e metodológicas que direcionarão os futuros professores para o exercício profissional e da construção dos conhecimentos geográficos.


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Sousa, Enilson Silva; Faria, Marcelo Oliveira de. Que professor formar para uma nova geografia escolar?. 2021. 17 p. Artigo científico (Anais Seminários FESPSP) – Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo.

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