Navegando por Assunto "Estado"
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Item O conceito de nação no pensamento social brasileiro(2021) Mide, Luiz Gustavo Lopez; Almeida, Rodrigo Estramanho deO presente artigo tem como objetivo estudar como o pensamento social brasileiro ao longo dos séculos tratou da “questão nacional”, isto é, o arcabouço teórico, os caminhos, e os resultados alcançados por aqueles que se propuseram a pensar e, de alguma maneira, a definir a nação brasileira. Nação é um conceito deveras recente no pensamento social, remota ao século XIX, com o surgimento dos Estados Modernos, para além de ser muito amplo e de difícil definição fechada. O conceito, que partiu inicialmente de uma noção eurocêntrica de sociedade, atravessou oceanos e virou questão premente em todo o mundo. Não foi diferente no caso brasileiro, que desde pelo menos sua Independência em 1822 passou a ter como uma das pautas do pensamento político e social a pendência na nação em uma terra onde já se encontrava estabelecido em alguma medida o Estado. A pendência da nação brasileira, embora sempre presente, foi aprofundada com maior cuidado em dois momentos específicos, quais sejam, o período imperial, sobretudo entre 1830 e 1870, com o movimento do romantismo, e a primeira metade do século XX, mais especificamente durante o período conhecido como Era Vargas (1930-1945). O que se nota é que a identidade nacional e a nação brasileira cunhada nesses dois períodos teve forte imposição “de cima para baixo”, atendendo tanto a interesses de uma elite nacional quanto a interesses do próprio Estado, reforçando desigualdades e implicando a exclusão de elementos sem os quais não é possível que o Brasil se estabeleça enfim como uma nação. Reflexo disso é a concepção de conceitos de nação que, por excelência, são artificiais, inacabados, mantendo-se a “questão nacional” premente e a falta de sua conclusão sentida na vida cotidiana social e política brasileira.Item O poder e a peste: os discursos presidenciais sobre a Covid-19(2022) Souza, Flávio Vinícius Soares de; FESPSPEm março e abril de 2020, a Covid-19 começava a se espalhar pelo Brasil, apresentando-se como uma enfermidade nova para a qual não havia remédio nem vacina, e forçando os governos do mundo a adotarem políticas públicas para evitar a disseminação viral. No Brasil, governadores e prefeitos tiveram de levar adiante tais medidas, enquanto o presidente da república se opunha, utilizando-se, para tanto, de pronunciamentos em cadeia nacional de rádio e televisão. Neste texto, analiso os pronunciamentos presidenciais de março e abril de 2020, utilizando a análise do discurso cartográfica proposta por Rettich (2020), e encontrando uma intensa luta por poder no momento em que o país passava por uma das piores crises de saúde já registradas.